O trilho do Covão dos Conchos tem início na Lagoa Comprida, a maior das lagoas do maciço superior da Serra da Estrela.
Originalmente era uma pequena lagoa, mas no início do século XX foi construída uma barragem com o objetivo de criar o maior reservatório de água da Serra da Estrela. A maior parte da água que chega a esta barragem vem através de dois túneis: o do Covão dos Conchos, que já mencionamos atrás, e o do Covão do Meio que recolhe a água das encostas do Planalto da Torre e cuja extensão supera a do Covão dos Conchos (tem mais de 2km).
Mesmo ao lado da Lagoa Comprida existe um parque de estacionamento onde pode deixar o seu carro sem qualquer problema. Logo atrás do parque vai ver uma loja de souvenirs, sendo que o trilho do Covão dos Conchos segue por um caminho de terra batida situado à esquerda da referida loja.
O trilho não tem grandes desníveis, mas tem alguns troços bastante pedregosos, por isso convém levar calçado apropriado e ir preparado para enfrentar o vento (regra geral, frio) que por estas bandas costuma soprar. Nada como vestir em camadas e levar sempre um gorro e um cachecol de prevenção, mesmo que não vá no inverno.
Convém também ter em conta que a esta altitude (o percurso pedestre encontra-se todo ele entre os 1500 e os 1700 metros) praticamente só existe vegetação rasteira, logo, não existe qualquer tipo de sombras, o que pode tornar este trilho algo penoso em dias de maior calor.Mas a profunda beleza do Trilho do Covão dos Conchos, e a sensação de comunhão com a natureza que transmite a quem o percorre, mais do que justifica ter de lidar com o vento cortante ou o sol inclemente.
A combinação do azul do céu e da água das lagoas com o cinzento dos enormes (e equilibristas) blocos de granito misturado com os variados tons de verde da vegetação rasteira, dão a este trilho um colorido apaixonante. No inverno pode ainda somar o branco da neve à palete, o que o torna ainda mais idílico.
Nós só já a vimos ao longe e mesmo assim este trilho conquistou-nos o coração. Ao ponto de ficarmos tristes quando, no regresso, nos cruzávamos com pessoas de passo apressado, que só tinham como objetivo ver o Covão dos Conchos e nada mais, ignorando assim toda a beleza que os rodeava pelo caminho.
Siga o nosso conselho e desfrute do trilho. O Covão não foge e na maioria das vezes o caminho supera a meta.
Questões filosóficas à parte, a verdade é que cerca de hora e meia após iniciar a sua caminhada vai chegar ao Covão dos Conchos e ver in loco este local mágico da Serra da Estrela. E garantimos que não vai ficar em nada desapontado.
Distância: 10km (5km para cada lado)
Circular: sim (na prática é linear, mas como não existem transportes tem mesmo de fazer ida e volta)
Dificuldade Técnica: Fácil
Local de Partida/Chegada: Lagoa Comprida
Coordenadas GPS do ponto de Partida/Chegada: 40°21'55.0″N 7°38'47.8″W
Quando Ir: todas as estações são boas para percorrer o trilho do Covão dos Conchos mas em nossa opinião as melhores são o final do inverno (com sorte ainda se apanha um pouco de neve, e as lagoas mais pequenas com uma camada de gelo superficial, mas nada que atrapalhe a caminhada) e a primavera, pois existe muita água derivada do degelo e o colorido das flores. No verão, o facto de não existir sombras, pode tornar a caminhada algo penosa e no outono (sobretudo no início) os cursos de água estão sempre mais baixos, o que lhe diminui um pouco a beleza.
O que levar:
E o mais importante: um saco para trazerem convosco o vosso lixo
Uma máquina fotográfica ou um smartphone para registar os melhores momentos da caminhada e o fotogénico Covão dos Conchos.
Gorro (ou um chapéu nos dias de maior calor), cachecol e corta-vento (em dias de frio, é indispensável), protetor solar e óculos de sol
Comida e bebida (entre elas, muita água, pois não há rigorosamente nenhum estabelecimento pelo caminho).
Calçado adequado a caminhadas em montanha
Mochila leve e confortável
informação no site: https://www.vagamundos.pt/trilho-do-covao-dos-conchos/
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